Através daquela luz, uma doce voz invadiu os ouvidos de todos. Era uma espécie de canto que vinha dos lábios de uma mulher. Wolfgang sentiu-se atemorizado, ficou sem acção e nada pôde fazer a não ser esperar pelo cessar da ardente luz. Aquela mulher não poderia ser um demônio. Se o fosse, certamente já os teriam aniquilado.
O gigante dourado sabia disso, e então ele perguntou num tom pouco amistoso:
– Quem és tu? O que queres, mulher?
Daquele intenso brilho ela respondeu:
– Sou Aurehen, do clã Vanir! Não tenhas medo. Estou aqui para ajudá-los.
– Por Freya! Estes homens estão a morrer e precisam de abrigo!
– Não te preocupes com eles. Serão levados até Valelfa, onde descansarão. – murmurou a doce Aurehen que se mostrou por inteiro, revelando uma beleza estonteante.
Trecho de minha obra, Wolfgang, o guerreiro nórdico.