Obras de arte e de utilidade, que hoje servem para ver em qualquer Museu.

Fazia todo o sentido, o uso da terra cozida, falamos do barro ou argila, na produção de peças de utilidade ao longo de muitas civilizações e utilizadas nas mais diversas tarefas, até se partirem… Com as novas tecnologias, podemos ver o bem e o mal que fazemos ao ambiente, quando saciamos a sede nos dias de hoje e atiramos as “vasilhas” fora, ou ainda pior, reciclar o plástico fazendo tecido, para roupas, que depois de lavados deixam ficar as microfibras que lá vão rio abaixo em direção a um mar, …que não as quer e mais cedo ou mais tarde as devolve aos remetentes… Que saudade de uma bela bilha de barro para encher de água… !

O Último Oleiro, um Livro para si!

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Depois da Vela Apagada

O Sito do Livro

O autor, com este conto, que é também um ensaio, apresenta diversas dissertações críticas e sempre com alguma ironia sobre o sentido da nossa actual vivência, bem como a postura cívica herdada dos nossos antepassados. Sugere como uma sociedade interventiva e cooperante, ainda que distante dos grandes poderes de decisão, pode ter um papel preponderante na educação dos seus filhos, estimulando-os a uma participação activa nos desígnios do seu país, tanto a nível social como económico e político, não se deixando cair num dos males que a humanidade tão bem conhece: a falta de respeitos por si próprios …)

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O Último Oleiro

O Sitio do Livro

O Último Oleiro traz-nos à memória passagens do modo de vida das gentes do interior Norte de Portugal – uma região rica em tradições -, das artes e dos ofícios de que muitos dos habitantes se ocupavam, como o ferreiro, o ferrador o moleiro e o oleiro que, neste conto, é descrito através do testemunho de alguns jovens que acompanharam o terminar de uma geração de oleiros de Felgar. Com esta narrativa, o autor tenta trazer até aos dias de hoje as memórias e tempos passados, de forma a deixar às novas e às velhas gerações, a simplicidade do viver das gentes transmontanas e o quanto duros eram os trabalhos nessa época em que as pessoas se dedicavam principalmente às actividades agrícolas, mas também a outras profissões que envolviam a existência de uma peça de barro nem que fosse para poder encher de água na primeira fonte que se encontrava. O conto é também o registo da época em que foram produzidos os últimos trabalhos em barro moldados pelo último oleiro da freguesia, António Rebouta, tarefas em o autor participou e que decorreram durante alguns meses – desde o arrancar do barro ao tornear na roda, até à saída da fornada daquelas que seriam as últimas cântaras feitas em terras de pucareiros, moldadas pelo autor destas linhas e por António Rebouta, o ultimo mestre na arte do barro em Felgar.

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RÓMULO DUQUE

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O Sitio do Livro

Rómulo Duque nasceu em terras do Alto Douro, em 1961, e ali passou a sua infância e juventude. Sempre atento e com grande ligação à preservação das tradições e dos costumes locais que considera serem a fonte do saber e da aprendizagem dos povos, que assim contribuem para o crescimento da nossa Cultura colectiva. Quanto mais sabemos, mais e melhor podemos observar e respeitar as tradições que nos levam pelos caminhos do Bem, da Verdade e da Beleza

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Queria candidatar-me ao plano nacional de leitura 2020 se faz favor

Queria candidatar-me ao plano nacional de leitura 2020 se faz favor.

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Um animal um tanto talentoso

Orgulho, ou melhor dizendo algo muito superior a isso, porque caso contrário é deixar-se enganar.
Entendo perfeitamente a capacidade do Homem. Se fosse vontade do próprio o mundo seria um lugar muito melhor do que é hoje e umas tantas coisas seriam desnecessárias (não digo o muito). O próprio Homem tem muito poder no que faz e no que consegue empreender.

Autor do livro: https://www.sitiodolivro.pt/O-Lado-proveitoso-do-Adversario

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Como o livro “Uma lógica causa-efeito” se está aproximando do razoável

Como poderão ser os computadores daqui a 10 ou 30 anos? Apontava eu. Estamos a nos aproximar dessa fase.

Digitalizacao

Mesmo que o princípio não seja imitar o cérebro humano (para isso estamos cá nós) e isso gera problemas éticos, conforme as invenções da Nvidia, o que é certo é que um mundo de neurônios está já envolvido na inteligência artificial, enquanto rotinas de hardware dos CPUs (os computadores são mais do que calculadoras). O princípio do meu livro é a análise ao mundo da informação. O meu livro também pega em neurônios artificiais.

Porquê 20 anos de intervalo? Aviso que pode ser um período bastante turbulento, até mesmo para quem se dedica à informática. Começa-se pelo mais simples e vai-se complicando até chegar às redes neuronais massivamente paralelas.

Porquê não mais do que 20 anos? Tudo se torna imprevisível.

Que tenho feito ao nível de software? Osicode Knowledge toolkit.

No entanto teimam em não comprar o meu livro.

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Uma libelinha em desespero

      Por uma “escadinha de chuva”,quantas vezes sonhamos subir os degraus que distam da Terra ao Céu; sonhamos que este nos parece tão perto, e a nossa vontade  diz que é tão fácil lá subir? Uma espécie de sensibilização num sonho; como que a arranjarmos forças para vivermos a Liberdade e sacudirmos o corpo das recordações que nos perturbam e são objecto de angústia. Ah! Se isso fosse possível, se isso não fosse uma ilusão e tivéssemos ao nosso alcance uma tal possibilidade para a ocuparmos nos nossos desejos de purificação libertadora, tenderíamos, certamente, a subirmos até ao Céu para limparmos todos os sofrimentos, que não fizemos nem sabemos porque existem.

     De um tal sonho, sejamos ao menos espectadores, num tempo em que, obrigados pelo facto de chover, passemos a estar livres de todas as ocupações que nos restrinjam a liberdade e que não sejam senão a chuva ou outros obstáculos naturais, que sendo bens, nos limitem, e, em alguns casos, nos obriguem a estar obrigatoriamente “ocupados”, por não podermos sair à rua. É que não basta estar ocupado com o que produzimos e construímos, vestimos e comemos; é fundamental termos a noção destas realidades e do seu significado; não vá a ocupação nos ocupar a Vida,ou a nossa vida perder-se no egoísmo da ocupação.

     Vem a propósito um acontecimento que motivou esta análise sobre as ocupações; aliás, um acontecimento que esteve na origem da certeza que vivemos num mundo em que tudo quanto existe tem o seu significado e desperta em nós aspectos de relação e afinidade.

      Estava um dia muito quente e o motivo da minha viagem era tão agradável, quantas as combinações que me eram possíveis nesse tempo de transporte e estadia de visita. Não tinha muita pressa; dependia de um conjunto de circunstâncias que justificavam uma atenção preocupada pela descoberta de aspectos para a memória e motivos para o conhecimento.

    Não desejava combinar o tempo com excessos nem planeei o que não pudesse concretizar; apenas uma viagem, um encontro com locais e pessoas e uma visita para resolver um assunto que há bastante tempo me preocupava. Aliás, sentei-me por diversas vezes em locais que descobri e me atraíram facilmente. De um modo geral, mais pela satisfação que encontrava em cada momento que vivia do que pela preocupação de descobrir outros motivos que despertassem a análise ou a vontade da descoberta e procura; julgo que a satisfação de uma viagem reside mais na mudança e na surpresa do que nos motivos que se planeiam.

     E, aconteceria assim, se o facto que aconteceu não despertasse em mim um sentimento raro e uma vontade de exaltação; um sentimento que me fez meditar no Mundo com outras preocupações e um sentido diferente; mesmo em relação à compreensão deste fenómeno e sua consequente analogia!

      Num lago atractivo e muito refrescante, onde os movimentos leves e brandos da água que o Sol tangia davam lugar a imagens raiadas de luz brilhante e pura, deparei com uma pequenina borboleta que aos poucos morria por afogamento.

     Tinha ficado presa numa pequena massa viscosa que boiava no lago e lhe servia de base de sustentação no ondular da água, que ainda que fosse brando e suave aos olhos de quem o contemplava, era suficientemente causador dos perigos que corria aquele pequenino insecto..  Era do tamanho de um pequeno botão e a massa viscosa agarrava-a e prendi-a de tal forma que as asas não se moviam e os sinais de vida eram já muito ténues; aliás, não fora a minha ocupação ser mais de observador que de passeante do Mundo, e esta borboleta não se teria salvo nem eu teria percebido o que poderemos fazer através das nossas ocupações!

     De imediato e com muita cautela, separei este pequeno corpo da matéria que a segurava; libertei-a da água e suspendi-a no tronco de uma árvore que estava próxima, para que fosse capaz de voar de novo para os limites da Vida, e da vida que lhe era natural e sua. Fiquei ainda algum tempo a contemplá-la e, ao vê-la debater-se com as dificuldades da libertação, pedi por instantes a Deus que a ajudasse a encontrar o caminho e lhe desse forças para voar de novo na busca do alimento, que a fome deveria ser muita e a debilidade já não a ajudava.

    A partir desse momento fiquei a congeminar comigo sobre a comparação da Ordem natural com outras ordens, nomeadamente a social e na qual está presente a necessidade de organização geral. Neste incidente, pude aperceber-me que até nas ordens mais regulares e nos ritmos de transformação, ocorrem factos que excedem os limites da nossa compreensão.

    E ao descobrir que tudo é governado com absoluta perfeição e que tudo ocorre, segundo a vontade do Criador; como compreender, que até os seres mais dependentes, que são naturalmente inclinados na protecção e segurança, caiam nos desvios incidentes humanamente provocados ou naturalmente ocorridos?

    Meditei, que existe um pensamento especial no poder dos pensamentos proverbiais, e que eles são as primeiras explicações e as mais consoladoras na nossa desolação perante factos tão inexplicáveis, como aquele que acabava de assistir; lembrei-me do que me haviam ensinado em aspectos doutrinais: “Deus protege uns e manda proteger os outros”

Macedo Teixeira

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Nos caminhos do ser Humano (III)

Prezados amig@s!

É com enorme satisfação e para ser mais fácil na reflexão, que publico o 3º texto (conclusão) da totalidade do resumo da tese: “Nos Caminhos do Ser Humano”, apresentada na Universidade Aberta-Lisboa-Setembro de 2016

Se a pretenderem conhecer no seu todo e também todas as outras teses que foram apresentadas e publicadas posteriormente, poderão consultar o livro de memórias: “Paz E Ciudadanía global”, Primera Edición, septiembre de 2016- Editorial REDIPE (Rede Ibero-Americana) (95857440) Coedición:Universidad de Valladolid ou a Universidade Aberta (Lisboa)

Com amizade,

Macedo Teixeira
Vila Nova de Gaia
Portugal
Setembro 2016

Palavras-chave:

— Leis da Genética
— Economia Global
— Razão
— Pedagogia
— Origens

Em tudo isto, fui concluindo no exercício da docência da importância da palavra “educar”, uma palavra que provém do latim educere, que significa “conduzir para fora de”, o que, se bem interpretado, deverá levar a que a ação educativa seja para conduzir o educando a partir daquilo que ele em si mesmo já é; a criança é um ser em potência a revelar na ação das suas características, logo, não será suficiente perceber a relação funcional das coisas desligada dum sujeito educando, isto é, que se distende através delas, pelas suas possibilidades naturais, na revelação das competências que não se situam em nenhum quadro institucional.

Foi assim que compreendi também que, no preâmbulo dos meus pensamentos, sempre prevaleceram as minhas origens. 4
Direi que fui relacionando ao longo da minha docência a disciplina da Didática com a Pedagogia.

Percebendo melhor entre as lições diárias que era nesta subjetividade educativa que o conhecimento se descobriria melhor nas nossas possibilidades e que estas aumentariam com o que fôssemos vendo e nos fosse sendo mostrado, 9 ainda que por fora; pois só o saber sobre o todo nos tornará possível alcançar a realidade. 5

Daqui se poderá inferir que o saber sobre o todo deverá ser um saber que tenha em conta os elementos naturais em conjugação com os elementos sociais e vice-versa, será necessário passarmos à ação prática, integrando e realizando os atos educativos para que sejam entendidos socialmente por todos e pelos educandos especialmente como atos vitais, e não apenas como manifestações datadas e assumidas
culturalmente.

Em toda a minha vida de docente realizei diversos acontecimentos comemorativos: o Dia da Árvore, o Dia dos Direitos Humanos, o Dia da Criança.

Passada a data da comemoração, tudo se esfumava na vulgaridade, e os fogos ou a desertificação eram facilmente desculpados como um problema da ignorância, um problema dos interesses financeiros, um problema de desleixo do Estado.

Só poderemos entender que somos um ser cívico, um ser de direitos, se exercermos na prática uma pedagogia de raiz; plantar uma árvore não pode ser entendido como um gesto cultural; tem de ser entendido como uma atividade vital, como uma atividade que deverá salvar o Planeta da destruição e salvar a vida humana da tragédia pela falta de recursos, uma vez que já estaremos a viver a crédito, segundo a declaração da Global Footprint Network num comunicado conjunto com a World Wildlife Fund (WWF): http://24.sapo.pt/…/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_08_04_1981753…

“Para satisfazer as nossas necessidades, atualmente precisamos do equivalente a 1,6 planetas” por ano, disseram ambas as organizações.10 “O custo desse consumo excessivo já é visível: escassez de água, desertificação, erosão do solo, queda da produtividade agrícola e das reservas de peixes, desflorestação, desaparecimento de espécies.”

“Viver a crédito só pode ser provisório, porque a natureza não é uma jazida, da qual podemos extrair recursos indefinidamente.” 6

E se este é um problema vital, outros há que necessitam de ser encarados do mesmo modo; como poderemos aprender a perdoar, ou até mesmo a julgar, se a pedagogia não for com base num Amor Comum e que tenha em conta o conhecimento global da matriz do educando? Um ser dificilmente compreenderá que é vital para a Paz a tolerância da diferença e o respeito pelo outro se não aprender desde pequenino, nos valores da civilidade a ser verdadeiro, honrado e respeitador dos seus semelhantes, se não aprender a conjugar cedo a Declaração Universal dos Direitos do Homem, da Criança e dos Povos.

E perante a instabilidade da Ordem do Mundo, comecei a acreditar que seria bom, como forma possível, para equação de algumas das dificuldades na vivência contemporânea, reconhecer-se a necessidade da emergência do pensamento concreto o qual superasse a própria abstração e que integrasse a realidade elevando-a na dialética da superação.

Aliás, a propósito, cito:

“….. Para Hegel aquilo que é parcial, delimitado, separado é justamente o que é ‘abstrato’ (abstractus, em latim, significa literalmente ‘extraído’, ‘posto de parte’). O ‘concreto’ exige, pelo contrário, um pensamento que seja capaz de ter em conta o conjunto de todos os aspetos, mesmo aqueles que se opõem e se excluem. Este pensamento deve também ser capaz de nos dar conta da passagem de um elemento ao seu oposto.” 7

Por último, sabendo que vivemos cada vez mais entre as limitações dos ideais de Justiça, de Família, de Bem, de Verdade, de Amor, será de acreditar 11 que só por meio de uma interação contextualizada em ambiente de integração geral 8 e certamente global de todos os elementos naturais e sociais, conseguiremos impelir-nos para o que será possível e desejável conceber numa pedagogia mais experimental que doutrinária nos aspetos que considerei como mais relevantes no “Caminho do Ser humano” e que agora procurarei traduzir na seguinte proposta:

Tomando em consideração os objetivos do I Simpósio Internacional de Educação e Pedagogia “Paz e Cidadania Global”, na década internacional consagrada pela ONU (2013-2022) à aproximação das culturas, proponho que sejam consideradas nas linhas orientadoras do Simpósio e no Objetivo número 1, Educação para a paz e cidadania, as seguintes questões:

  1. a) Educação e Pedagogia por Comparação (a Natureza, o sentido das leis e dos elementos naturais);
  2. b) Educação ética para uma cidadania global estruturada (elaboração de normas e códigos de conduta social; as leis imperativas devem constituir-se como o último recurso);
  3. c) As Origens Sociais (endogenia cultural, multiculturalismo e as migrações);
  4. d) Relações familiares (educar para o valor da Família; os vários tipos de famílias);
  5. e) Compreensão do sentido do Amor e do Perdão com vista ao valor da Tolerância (Declaração Universal dos Direitos do Homem);
  6. f) O fenómeno da religiosidade (Conhecimento e encontro das religiões e Valorização do Sentido Ecuménico);
  7. g) Estudo sistematizado do ambiente e dos recursos naturais (a situação atual da Terra [“Vivemos a Crédito”]).12

1 BORGES GUEDES, J.M., Homem: Monstro e Semideus, Gráfica Firmeza, Porto, 1987, pp. 13, 14 e 15.
2 CLEMENTE, Manuel, Patriarca de Lisboa, Texto da homenagem feita pela Santa Casa da Misericórdia do Porto e referido na homilia Solenidade da Santíssima Trindade em 2011, sobre o problema do individualismo.
3 MORAIS E CASTRO, Armando Fernandes, O Pensamento Económico Português, “As bases da Teoria económico-social do Portugal Medievo”, exemplos de leis económico-sociais.
4 MACEDO TEIXEIRA, O Sentido do Escritor no Caminho da Globalização. Georges Seféris, um escritor de consciência europeia, cujo pensamento esteve em exposição na biblioteca de Vila Nova de Gaia em 1998 e que dizia o seguinte: “Ninguém se fecha sobre si mesmo com medo de perder a sua originalidade, porque esta constitui a sua força e acredita nela.”
5 GARCÍA HOZ, Victor, Princípios de Pedagogia Sistemática, Coleções Ponte, Livraria Civilização Editora.
http://24.sapo.pt/…/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_08_04_1981753…
7 HEGEL, Introdução à História da Filosofia e Sistema da Vida Ética, Edição Prisa Innova S.L., Madrid, Espanha, 2008; tradução de Artur Morão e Edições 70, L.da. Prefácio de Roger-Pol Droit, Página XVI.
8 MACEDO TEIXEIRA, Quando As Estrelas Acordam, Sítio do Livro, Lisboa, 2014.
Bibliografia

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Nos caminhos do ser Humano (II)

Prezados amig@s!

Para ser mais fácil na reflexão, publico o 2º de 3 textos sobre a totalidade do resumo da tese: “Nos Caminhos do Ser Humano”, apresentada na Universidade Aberta-Lisboa-Setembro de 2016

Se a pretenderem conhecer no seu todo e também todas as outras teses que foram apresentadas e publicadas posteriormente, poderão consultar o livro de memórias: “Paz E Ciudadanía global”, Primera Edición, septiembre de 2016- Editorial REDIPE (Rede Ibero-Americana) (95857440) Coedición:Universidad de Valladolid ou a Universidade Aberta (Lisboa)

Com amizade,

Macedo Teixeira

Nos caminhos do ser Humano (II)

Macedo Teixeira
Vila Nova de Gaia
Portugal
Setembro 2016

Palavras-chave:

— Leis da Genética
— Economia Global
— Razão
— Pedagogia
— Origens

“A tirania do ser é simples: qualquer ser, para viver, tem de comer outro.
“É a crueldade da Natureza.
“Os animais da mesma espécie inibem-se de se comerem entre si e comem outras espécies. Mas esta inibição não a tem o Homem porque, apesar de mais inteligente, é mais monstruoso, mais cruel. (Ibidem, p. 14.)
“Um povo resolve comer outro – invade, mata, destrói, viola, rouba –, exerce toda a espécie de violência e crueldade.

“Sim, a violência é a tirania do ser, impera na natureza; nada mais fácil de ver, nada mais objetivo.
“Porém, o que esses monstros, que fizeram uma história vergonhosa de tirania, ….. não verão ….. é que há outra força contra a tirania do ser: a Afetividade criadora duma agregação humana, duma Sociedade à procura duma Humanização, como nas religiões à procura do Céu. …..

“Os Homens estão em divisão: uns na tirania e outros na agregação. …..
E o que é grave é que “As nações a manterem a agressividade, a violência, a crueldade estão contra os princípios naturais da agregação existentes na natureza.” (Ibidem, p. 15.) 6

Assim, perplexo com esta contrariedade humana, entendo ser relevante para a experiência dizer a propósito que, embora tivesse vivido confrontado com estas circunstâncias na memória, quiçá no meu ADN, e tivesse sido grande o meu sofrimento social no percurso da minha vida, as minhas opções recaíram com maior predominância no esforço de a minha ação ética ser orientada pelo princípio da afetividade, ainda que lutando contra as dificuldades psicológicas para ser constante, mas hoje reconheço com felicidade que valeu a pena, tornara-me com esta atitude num ser humano, afetivo e mais sociável.

Reconheço, que na caminhada da minha existência, prevaleceram na base da estruturação da minha consciência e do meu sentido de responsabilidade os primeiros ensinamentos que me foram dados durante os tempos da minha infância e da minha adolescência.

Começara deste modo a adquirir conhecimentos fundamentais para vir a compreender qual o valor que tem a vida humana para quem aprende cedo que a nossa existência, para ter significado, deverá ser vivida em relação com os outros. Aprendia, afinal, entre experiências e jogos realizados nesta altura, o que mais tarde viria a perceber sobre o significado: “vamos aprendendo de Cristo, e que se ‘Amamos, logo existimos’ ”. 2

Entretanto, à medida que fora crescendo na inteligência e adquirindo mais conhecimentos e com eles o conhecimento filosófico-científico, fora descobrindo que o nosso pensamento tende a ser travejado pelas faculdades da Razão e dos Sentidos. Dos sentidos, através de todas as sensações que vamos formando da realidade e gravando as imagens na memória para que, sempre que necessário, possamos evocar lembrando. Da razão, pelo entendimento que vamos tendo para a delimitação do ser através das nossas formas conceptuais, para as podermos configurar em entes ideais. 7

Assim fora reconhecendo também, ao aprender de Descartes, que somos uma natureza pensante, que somos aquele que estará na prova da certeza, que somos nós que pensamos certo ou errado, ou ainda na certeza de que se “penso, então existo”. E que a nossa intranquilidade é fruto da nossa fragilidade no ser e nos conhecimentos e das nossas limitações no tempo do infinito.

Mais consciente da realidade do Mundo, começara a atuar na compreensão do conhecimento apreendido em referência ao Pensamento Económico Português – do qual fui inferindo, com base em algumas leis económicas” 3. De que haverá indubitavelmente uma evolução histórica nas relações económicas e sociais, evolução pela qual os povos irão diminuindo na sua tensão social à medida que forem evoluindo também nas suas mentalidades.

Vivemos num mundo global, precisamos de um pensamento global, de uma economia global; porventura uma economia com diferenças na diversidade de origem, mas que seja comum na particularidade da dignidade humana; nenhuma criança descobrirá o Amor e a Paz num Mundo Global se não crescer sob a égide do direito universal do acesso à dignidade da Liberdade, Proteção, Educação, Trabalho e voluntariamente puder caminhar ao encontro de Deus.

Meditei na Criação, no que é criado e nas partes que o constituem, sobretudo na origem visível do processo da Criatura humana.

Neste sentido, tudo me tem levado a crer, ressalvando as exceções à regra, que, qualquer que seja a criatura humana, haverá uma das partes que, no processo da Criação e durante toda a existência, estará numa densidade mais profunda que a outra. Cada um de nós será uma realidade dinâmica mutável que, no Processo de Criação e Educação Permanentes, assume instantes variáveis, quiçá conforme as circunstâncias em que se encontre, a um tempo e em cada singularidade. 8

E porque esta realidade me parece ser decorrente de uma lei da natureza, julgo que daí não se poderá tirar vantagem sobre quem mais possa em cada circunstância.
O conhecimento e o desenvolvimento do sistema genético e a melhoria dos seus elementos no jogo relacional com a Natureza e com o Grupo deverão proporcionar-nos no futuro outras capacidades para percebermos melhor esta complexa densidade natural nos seres humanos. Contudo, será necessário começar a preparar o caminho para o fortalecimento da relação entre os seres, procedendo-se na orientação do ser humano pela Didática e pela Pedagogia ao “descarnar” de elementos negativos que sejam constitutivos, sobretudo aqueles que permanecem na maior parte das vezes quase impercetíveis na personalidade de uma criança, muitas vezes oriundos das origens, credos, educação, culturas, famílias.

 

1 BORGES GUEDES, J.M., Homem: Monstro e Semideus, Gráfica Firmeza, Porto, 1987, pp. 13, 14 e 15.
2 CLEMENTE, Manuel, Patriarca de Lisboa, Texto da homenagem feita pela Santa Casa da Misericórdia do Porto e referido na homilia Solenidade da Santíssima Trindade em 2011, sobre o problema do individualismo.
3 MORAIS E CASTRO, Armando Fernandes, O Pensamento Económico Português, “As bases da Teoria económico-social do Portugal Medievo”, exemplos de leis económico-sociais.
4 MACEDO TEIXEIRA, O Sentido do Escritor no Caminho da Globalização. Georges Seféris, um escritor de consciência europeia, cujo pensamento esteve em exposição na biblioteca de Vila Nova de Gaia em 1998 e que dizia o seguinte: “Ninguém se fecha sobre si mesmo com medo de perder a sua originalidade, porque esta constitui a sua força e acredita nela.”
5 GARCÍA HOZ, Victor, Princípios de Pedagogia Sistemática, Coleções Ponte, Livraria Civilização Editora.
http://24.sapo.pt/…/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_08_04_1981753…
7 HEGEL, Introdução à História da Filosofia e Sistema da Vida Ética, Edição Prisa Innova S.L., Madrid, Espanha, 2008; tradução de Artur Morão e Edições 70, L.da. Prefácio de Roger-Pol Droit, Página XVI.
8 MACEDO TEIXEIRA, Quando As Estrelas Acordam, Sítio do Livro, Lisboa, 2014.
Bibliografia

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