XOSÉ MARÍA DÍAZ CASTRO – Penélope

XOSE MARIA DIAZ CASTRO

Xosé María Díaz Castro ( Vilariño, Galiza, Espanha, 1914 – Lugo, Galiza, Espanha, 1990).

Foi poeta, tradutor e professor.

Publicou,em 1961, Nimbos,  a sua obra mais importante, um livro fundamental da poesia galega moderna, que contém o célebre poema “Penélope”, no qual o autor faz uma reflexão sobre a Galiza e o seu destino histórico.

Palavras de Xosé María Díaz Castro:

Creio que a poesia é uma actividade puramente artística, que constitui a forma mais perfeita de expressão dos seres humanos e as suas relações. Isto implica sempre beleza e emoção estética:estes dois conceitos são essenciais.”

                Penélope

Un paso adiante i outro atrás, Galiza,

i a tea dos teus soños non se move.

A espranza nos teus ollos se esperguiza.

Aran os bois e chove.

Un bruar de navíos moi lonxanos

che estrolla o sono mol coma unha uva.

Pro ti envólveste en sabas de mil anos,

i en soños volves a escoitar a chuva.

Traguerán os camiños algún día

a xente que levaron. Deus é o mesmo.

Suco vai, suco vén, ¡Xesús María!,

e toda cousa ha de pagar seu desmo.

Desorballando os prados coma sono,

o tempo vai de Parga a Pastoriza.

Vaise enterrando, suco a suco, o Outono.

Un paso adiante i outro atrás, Galiza!

Xosé María Díaz Castro

Esta entrada foi publicada em Sem categoria. ligação permanente.

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.