Louis Braille nasceu em Coupvray, França. (1809-1852)
Aos três anos de idade, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, originando uma infecção que se alastrou ao olho direito, provocando-lhe a cegueira total.
Frequentou o “Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris” fundado por Valentin Haüy, que criou um programa para ensinar os cegos a ler. O sistema era complicado e de difícil aprendizagem.
Louis Braille pensou que devia investir o seu talento e trabalho num processo mais fácil e eficaz, que permitisse aos cegos terem o direito de acesso à cultura.
Com quinze anos concluiu o seu método, que se baseava numa célula de seis pontos (três pontos de altura por dois de largura). Posteriormente, Braille, evoluiu o sistema com a inclusão da notação numérica e musical.
O código “Braille” é lido da esquerda para a direita, com uma ou as duas mãos.
Acompanhando o avanço da tecnologia, é fácil imprimir textos em “Braille”, com a adaptação de um programa específico.
Assim, é possível a impressão de livros, que em Portugal atinge cerca de 3.000 títulos, de temática variada: filosofia, psicologia, romances, poesia, infanto-juvenil, manuais escolares, etc.
A nível mundial existe um plano para a unificação dos códigos matemáticos e científicos, mas ainda não atingiu o sucesso pretendido.
O método de Louis Braille, usado em todo o mundo, apenas foi reconhecido, postumamente, pelo estado francês em 1952.
Hellen Keller publicou um artigo de homenagem a Braille no “The New York Times Magazine”, em 6 de Janeiro de 1952, intitulado: “Louis Braille: Um Farol para um Mundo de Escuridão”.
“Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma.” Louis Braille
Nota: Hellen Keller nasceu no Alabama, Estados Unidos (1880-1968). Foi escritora, filósofa e conferencista. Ficou cega e surda desde criança devido a uma doença, supostamente, escarlatina.