José Gomes Ferreira nasceu no Porto a 9 de Junho de 1900 e viveu até 8 de Fevereiro de 1985.
Foi poeta e escritor. Pertenceu à geração do Novo Cancioneiro, expressando as suas influências neo-realistas
Estudou nos liceus Camões e Gil Vicente. Em 1924 formou-se em Direito.
Foi cônsul na Noruega durante quatro anos.
Colaborou nas revistas “Presença”, “Seara Nova”, “Descobrimento”, “Imagem”, “Ressurreição” e “Gazeta Musical e de Todas as Artes.
Algumas das suas obras editadas: “Lírios do Monte”, “Longe”, “Poesia”, “Viver sempre também cansa!”, “O Mundo Desabitado”, “O Mundo dos Outros – histórias e vagabundagens”, “Os segredos de Lisboa”, “O Irreal Quotidiano – histórias e invenções”, “Coleccionador de Absurdos”, etc.
Publicou também Crónicas, Contos, Ensaios, Estudos, Memórias e Diários. Tem poesia gravada em disco.
Compôs o poema sinfónico “Idílio Rústico”.
Em 1978 foi Presidente da Associação Portuguesa de Escritores.
Ganhou o Grande Prémio de Poesia, da Sociedade Portuguesa de Escritores.
Foi condecorado com a Ordem Militar de Santiago de Espada e Grau de Grande Oficial da Ordem da Liberdade.
Em 1981 recebeu a distinção de cidadão honorário de Odemira.
Aquando do centenário de nascimento de José Gomes Ferreira, a Vidioteca da Câmara Municipal de Lisboa produziu um documentário sobre a vida do poeta intitulado “Um Homem do Tamanho do Mundo”.
Nesta homenagem no dia do seu aniversário, o poema “ Chove”.
Chove…
Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?
Chove…
Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.