PAZ E POBREZA
A Paz não significa simplesmente ausência de guerra. A reflexão séria sobre este tema é cada vez mais uma urgência na agenda dos politicos, dos responsáveis pelas diferentes religiões e das organizações que se dedicam às causas sociais.
Para que a paz se construa assente em valores humanitários, é preciso a coragem de combater a pobreza e a miséria. Milhões de seres humanos vivem em condições indignas, inaceitáveis. O fosso entre ricos e pobres torna-se cada vez mais evidente, mesmo nos países mais desenvolvidos.
A miséria é geradora de violência e alimenta conflitos armados. A Paz será sempre uma utopia, enquanto os líderes mundiais não tiverem a consciência clara que chegou o tempo de combaterem o lucro desenfreado. O controlo dos negócios escuros, da escravidão de milhões de pessoas que trabalham horas infindáveis sem justa remuneração, dos grupos financeiros que actuam como abutres, roubando os mais pobres.
Considerando que a religião tem sobre os diferentes povos e governos, influência e capacidade para liderar movimentos fortes de mudança, é legitimo apelar às quatro maiores religiões do mundo que derrubem os muros que impedem ver a existência de crianças que morrem de fome e de doença, esquecidas , desprezadas pelos gananciosos, criminosos, que nunca serão julgados por qualquer juiz terreno.
– “Cristãos, islamitas, hindus e budistas: os milhões de pobres que acreditam e veneram os vossos Deuses, esperam que sejais capazes, definitivamente, de contribuir para a construção da PAZ!”
José Eduardo Taveira
As velhas formulas que se desenvolveram no mundo, quanto ao que penso, estão ultrapassadas. Só através do esclarecimento é possivel vencer a miséria, e os deuses subsistem pelo conformismo, pela aceitação. Se os seus “fãs” não evoluirem pela via da instrução, nunca pode existir paz sem miséria. Veja o caso da Islândia, porque é essa a via. Prender politicos e banqueiros desonestos, falar “grosso” aos chamados “mercados” e ter por principio o caminho para a auto suficiência, a meu ver, é o caminho. Mas como pode um povo como o nosso, embuido de um analfabetismo intelectual e moral, enveredar por esse caminho, se recusa terminantemente a sua cultura? É impossivel. Se correr as livrarias deste País vê que o consumo se inclina quase a cem por cento, para os autores estrangeiros, e o mesmo se passa com a música, com a pintura, etc. Veja a pobreza dos discursos politicos, o conformismo com a fominha de séculos, a sua aliança com o “poucochinho”, com a caridadezinha, com a mediocridade. Nós, portugueses, pura e simplesmente, não somos viáveis, e logo, somos um povo sem futuro! Um abraço, e responda-me, diga de sua justiça, a ver se conseguimos quebrar o marasmo deste blogue!
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