Sarah Bernhardt, nasceu em Paris, França. (1844-1923)
Considerada uma das mais famosas actrizes da história do teatro, foi também pintora, escultora, escritora e mulher de negócios.
Ao longo da sua carreira, interpretou muitos papéis clássicos, tais como: Marguerite Gautier, em “La Dame aux Camélias”, de Alexandre Dumas, filho; Cordélia, no “Rei Lear”, de Shakespeare; trovador Zanettto, na peça “La Passant”, de François Coppée; Aricie, em “Phèdre”, de Racine; Jeanne D´Arc, em “Jeanne D´Arc”, de Jules Barbier; Hamlet em “Hamlet”, de Shakespeare.
O dramaturgo Victorien Sardou escreveu, propositadamente para a actriz, as peças: “Fedora”, “Théodora”, “La Tosca” e “Cléopâtre”.
Sarah Bernhardt foi a primeira actriz-empresária do mundo do espectáculo. Em 1899, alugou, por 25 anos, o enorme “Theâtre des Nations”, em França, onde actuaria, exclusivamente, durante os últimos 24 anos de sua vida.
Em 1907 publicou a autobiografia, intitulada: “Ma double vie”.
Em 1914 foi condecorada, pelo governo francês, com a “Légion d´Honneur.”
No final do século XX, recebeu uma estrela na “Calçada da Fama”, em Hollywood.
Mark Twain, escritor americano, escreveu: “Há cinco classes de actrizes: as boas, as más, as regulares, as grandes actrizes e … Sarah Bernhardt.”
Um excerto do seu livro: “L´Art du Théâtre”, publicado em 1924:
“Os moralistas, e em particular os moralistas religiosos, cobrem de vergonha os actores em geral, e consideram o teatro lugar de perdição.
Assim, na maioria das cidades da América em que tenho feito representações no decurso da minha “tournée”, os bispos lançam, “ex cathedra”, raios destinados a reduzirem a cinzas os meus camaradas e a mim mesmo.
A respeito de um sermão semelhante, o meu “manager”, o senhor Henry Abbey”, escreveu ao bispo a seguinte carta:
– “Monsenhor, quando venho à sua cidade costumo gastar em publicidade quatrocentos dólares. Mas como desta vez a fez por mim, envio-lhe duzentos dólares para os seus pobres.” Henry Abbey