Teixeira de Pascoaes nasceu em Amarante, no dia 8 de Novembro de 1877 e viveu até 14 de Dezembro de 1952.
Poeta, escritor e ensaísta, foi um defensor do Saudosismo como estética literária.
Nesta homenagem no dia do seu aniversário, o poema:
Delírio
Não posso crer na morte do Menino!
E julgo ouvi-lo e vê-lo, a cada passo…
É ele? Não. Sou eu que desatino;
É a minha dor sofrida, o meu cansaço.
Delírio que me prendes num abraço,
Emendarás a obra do Destino?
Vê-lo-ei sorrir, de novo, no regaço
Da mãe? Verei seu rosto pequenino?
Mistério! Sombra imensa! Alto segredo!
Jamais! Jamais! Quem sabe? Tenho medo!
Que vejo em mim? A treva? A luz futura?
Ah, que a dor infinita de o perder
Seja a alegria de o tornar a ver,
Meu Deus, embora noutra criatura!