Maria do Sameiro Barroso nasceu em Braga no dia 12 de Maio de 1951.
É licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras e em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. É médica especialista em Medicina Geral e Familiar.
É doutoranda da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Escritora, tradutora, ensaísta e investigadora, expõe na poesia a sua vocação literária.
Como tradutora, distingue-se sobretudo pela tradução de autores de língua alemã, tais como Paúl Celan, Rose Ausländer, Nelly Sachs, Friedrich Schiller. Traduziu a “Flauta Mágica” de Mozart, sendo este livro considerado um dos melhores do ano de 2007.
Na área da investigação, trabalha há vários anos na História da Medicina Antiga e na História da Mulher.
Pertence aos Corpos Directivos do PEN Clube Português, ao Núcleo de História da Medicina da Ordem dos Médicos e ao Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia.
Da sua obra poética, destacam-se os seguintes livros: “O Rubro das Papoilas”, “Rósea Litania”, “Jardins Imperfeitos”, “Meandros Translúcidos”, “Mnemósine”, “As Vindimas da Noite”, “Amantes da Neblina”. O último livro publicado foi lançado no Brasil, em 2010, com o título “Poemas da Noite Incompleta”.
Organizou as Antologias “Um Poema para Ramos Rosa” e “Um Poema para Agripina”
Recebeu os seguintes prémios: Prémio António Patrício, pelos livros “Jardins Imperfeitos” e “As Vindimas da Noite”; Prémio Internacional de Poesia Palavra Ibérica, pelo livro “Uma Ânfora no Horizonte”.
Sobre a poesia, Maria do Sameiro Barroso, disse:
“A poesia é algo visceral, em mim, é algo que irrompe ciclicamente, como uma necessidade fisiológica. Por vezes, tenho a sensação de que vou segregando poesia e, como me dedico a várias actividades, tenho sempre muito pouco tempo, por vezes, preciso de parar, para passar para o papel toda essa energia, que não sei de onde vem, mas que vou acumulando”.
Nesta homenagem, no dia do seu aniversário, o poema:
POEMA PARA MARIA GABRIELA MARTINS
Frescura alvíssima de magnólia e nuvens,
assim és tu, estrela branca, figura esguia,
roteiro de sol,
chama derramada, na fronte algarvia.
Na noite de pérolas, és amendoeira puríssima,
jardim luminoso,
recanto onde voam aves antiquíssimas,
entre as pedras, o limbo,
as águas mouras, as águas cintilantes,
as águas de Abril.
Porque te conheci, um dia, como exaltada flor,
no teu país de brisas doces,
é que repenso o agora, o antes, o sempre,
penso nas rimas perfeitas, nas águas lentas,
coloco um candelabro sobre a mesa,
escuto as estrofes do silêncio,
neste lugar onde o arvoredo brama
e a palavra brilha, no espaço
em que a poesia é a ramagem eleita,
sobre castelos semeados,
na lua clara de preciosas sementes.
Muito obrigada pela sua lembrança, amigo. Um grande abraço, Maria do Sameiro
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Não tem de quê. Cumprimentos.
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