PARABÉNS, ALEXANDRE HERCULANO !

 

 

 

 

 

Alexandre Herculano nasceu em Lisboa, no dia 28 de Março de 1810 e viveu até 13 de Setembro de 1877.

Foi escritor, jornalista, poeta e historiador e um dos grandes nomes do romantismo português.

Estudou Humanidades na Congregação do Oratório.

Com dezoito anos já se declarava o seu talento literário. Estudou francês, alemão e latim. Frequentou as tertúlias literárias de Marques de Alorna, que viria s ser sua conselheira.

Em 1831 envolveu-se numa conspiração contra o regime miguelista e teve de exilar-se em Inglaterra e depois em França.

No ano seguinte regressa a Portugal, participando no desembarque das tropas liberais em Mindelo. Foi nomeado segundo-bibliotecário da biblioteca do Porto. Quatro anos depois, demitiu-se deste cargo por divergências com o governo Setembrista.

Foi director das bibliotecas reais das Necessidades e da Ajuda, a convite do Rei D. Fernando.

Em 1840 é eleito deputado pelo Partido Cartista. Após um ano demitiu-se, decepcionado com a actividade parlamentar.

Em 1851 voltou à política, mas depressa se desiludiu com a Regeneração, discordando de Fontes Pereira de Melo.

Foi um dos fundadores do Partido Progressista Histórico.

Em 1855 foi nomeado Vice-Presidente da Academia Real das Ciências e convidado para uma tarefa importante: recolher documentos históricos anteriores ao século XV. Este trabalho foi publicado com o nome “Portugaliae Monumenta Historica”.

Foi o fundador dos jornais “O País” e “O Português” e colaborador da “Revista Universal Lisbonense”.

Dirigiu a revista literária “O Panorama” que foi considerada a mais importante publicação do Romantismo português.

Teve vários conflitos com o clero: manifestou discordância relativamente à Concordata de Roma; questionou o milagre de Ourique, que deu origem à publicação dos opúsculos “Eu e o Clero” e “Solemnia Verba”; participou na redacção do primeiro Código Civil Português, defendendo o casamento civil; publicou o livro “História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal”.

Em 1871 escreveu uma carta sobre o encerramento das Conferências do Casino. Estas conferências foram uma iniciativa do grupo do Cenáculo, que integrava Antero de Quental, Manuel Arriaga, Guerra Junqueiro, Eça de Queirós, Jaime Batalha Reis e Salomão Sáragga. O objectivo era debater a aproximação de Portugal aos países modernos, a nível de pensamento político, social, pedagógico e científico como a França, a Inglaterra e Alemanha.

Em 1867, desiludido com a vida pública, retirou-se para a sua quinta em Vale de Lobos onde se dedicaria à vida rural.

Da sua vasta obra, destacam-se, aleatoriamente, as seguintes: “História de Portugal” (4 volumes); “Poesias”, “Voz do Profeta”,“Os Infantes em Ceuta”, “O Bobo”,“O Fronteiro de África”, “O Pároco de Aldeia”,“Eurico, o Presbítero”,“O Monge de Cister”, “Lendas e Narrativas”, diversos “Opúsculos”, etc.

Nesta simples homenagem a Alexandre Herculano no dia do seu aniversário, um excerto do poema: “Tristezas do Desterro”

Ai, que és tu, existência?! Um pesadelo,
Um sonho mau, de que se acorda em trevas,
Na vala dos cadáveres, em meio
Da única herança que pertence ao homem,
Um sudário e o perpétuo esquecimento.
(…)
E da pátria a saudade, em sonho triste,
Imóvel, do viver me tece a noite.

 Algumas citações de Alexandre Herculano:

“O homem é mais propenso a contentar-se com as ideias dos outros, do que a reflectir e a raciocinar.”

– “Querer é quase sempre poder: o que é excessivamente raro é o querer.”

– “Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender.”

– “O segredo da felicidade é encontrar a nossa alegria na alegria dos outros.”

-“Saber resistir à violência é forte, mas vulgar; saber resistir à calúnia e aos motejos é maior esforço e mais raro”.

Que a tirania de dez milhões se exerça sobre um indivíduo, que a de um indivíduo se exerça sobre dez milhões, é sempre tirania, é sempre uma coisa abominável”.

– “A ingratidão é o mais horrendo de todos os pecados.”

– “Debaixo dos pés de cada geração que passa na terra dormem as cinzas de muitas gerações que a precederam”.

(José Eduardo Taveira)

 

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