LUÍSA DACOSTA nasceu no dia 16 de Fevereiro de 1927 em Vila Real.
É formada em Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras, em Lisboa. Foi professora do antigo Ciclo Preparatório nas escolas Ramalho Ortigão e Francisco Torrinha, até se reformar por limite de idade.
Foi colaboradora de vários jornais e revistas, tais como: O Comércio do Porto, O Jornal de Notícias, Diário Popular e A Capital, Seara Nova, Vida Mundial, Vértice, Raiz e Utopia, Gazeta Musical e Colóquio de Letras.
A sua obra inclui romance, crónicas, poesia, autobiografia, diários e participação em várias antologias.
Luísa Dacosta conheceu intensamente a vida das mulheres de A-Ver-o-Mar que a inspiraram para tema de vários livros, como “Morrer a Ocidente”, “Nos Jardins do Mar”, entre outros.
A condição da mulher é também abordada no romance “Corpo Recusado”.
A sua sensibilidade levou-a a publicar alguns livros dedicados às crianças.
Em 1975 esteve em Timor requisitada pelo governo de então, para prestar serviço na Comissão encarregada de fazer a remodelação dos programas de ensino.
Luísa Dacosta recebeu vários prémios, dos quais se destacam: Prémio Máxima de Literatura, Prémio Gulbenkian, Prémio “Uma vida, uma obra” da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, Prémio Vergílio Ferreira atribuído pela Universidade de Évora.
Em 1997 a Câmara Municipal do Porto condecorou-a com a medalha de prata de Mérito da Cidade e em Junho de 2004 recebeu a Medalha de Cidadã Poveira (grau prata). Também neste ano a Cooperativa Árvore distinguiu-a com o Prémio para a área do ensino.
Nesta singela homenagem no dia do seu aniversário, apreciemos este poema de Luísa Dacosta:
Se…
Se eu tivesse um carro
havia de conhecer
toda a terra.
Se eu tivesse um barco
havia de conhecer
todo o mar.
Se eu tivesse um avião
havia de conhecer
todo o céu.
Tens duas pernas
e ainda não conheces
a gente da tua rua.
José Eduardo Taveira
Obrigado, pela iniciativa de saber-se mais de quem mais sabe.
Orlando Nesperal
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muito bem
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