Minhas senhoras e meus senhores.
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Na alegria da vossa amizade queria agradecer a oportunidade que a Associação de Desenvolvimento de Nogueira da Regedoura me proporcionou para a apresentar-vos o livro “Quando As Estrelas Acordam”.
Agradecer também ao Professor Armando Sousa e Silva, meu ilustre colega, a disponibilidade com que acedeu ao convite para que com o seu entusiasmo nos pudesse falar um pouco sobre algumas ideias, quiçá, um pouco mais evidentes na intuição do próprio livro.
Feitos os agradecimentos e num sentido intemporal julgo ter a possibilidade de afirmar que entre a surpresa da obra e a satisfação de escutar, nascerá a evidência de que valerá a pena ouvir alguém a comunicar com agrado, com entusiasmo e com paixão, de que valerá a pena escutar quem se esforça por nos transmitir conhecimentos, sobretudo aqueles conhecimentos que tanto nos fascinam, como no caso daqueles que nos mostram e falam da vida do Universo.
Tenho a certeza, de que no sentido dos nossos pensamentos haverá conexão com os pontos vitais da mensagem do livro, haverá conexão para a percepção dos planos do caminho que percorri e que nos levará até a quietude das Estrelas e nos ajudará a sonhar com os mistérios do Universo e com a sua realidade infinita.
Acredito que as várias ideias em análise hão-de induzir-nos na sua proximidade e no desejo da sua leitura, hão-de permitir que fiquemos mais sensibilizados para o conhecermos o caminho percorrido e para meditarmos na possibilidade de este vir a ser uma ajuda para caminharmos nas nossas vidas.
Por isso, se tomasse este desejo como a síntese eu poderia terminar aqui, já que as palavras de agradecimento e referência seriam em si já bastantes. Contudo, pareceu-me ser mais sensato da minha parte também dedicar aos presentes alguns dos pensamentos que estarão na razão do livro “Quando As Estrelas Acordam”.
Desde logo, porque há uma verdade que não vos poderei esconder, pois este propósito surgiu da grande vontade que tenho em vos falar de mim, ainda que o faça com emoção e, sabendo que não estou sozinho, pois ainda antes de este evento começar senti que certamente surgiria em todos vós a vontade de também desvendarmos algumas das nossas origens e, quiçá, até falarmos um pouco de nós.
Por isso, seria uma injustiça e uma falta à verdade que eu esquecesse que uma parte das experiências referidas no livro vêm do tempo da minha raiz até aos dias de hoje, de um tempo que contribuiu com a sua força para que como escritor de: “Quando As Estrelas Acordam” eu tivesse podido continuar a transcrever pensamentos e acções espelhados na palavra e na escrita e que me têm marcado de uma forma comovida e profunda,
Talvez seja por esta a razão e acima de tudo por um sentimento de alma, que me leva a afirmar que este livro será sentido por todos com a mesma estima e carinho, pois eu também sou como vós e, como ser pessoa, continuo a amar e a sonhar em todos os lugares, a escrever enquanto puder e a fazer tudo o que possa para mostrar e propor todo o meu ser como um possível caminho, desejando que ele ajude a encontrar o bem maior de que precisamos para ser feliz.
Por fim, precisarei, quero dizer, sinto necessidade de confessar-vos que ao escrever esta obra “Quando As Estrelas Acordam” aconteceu algo de diferente e belo. Tão diferente, que só por um exalar de sentimento senti coragem para anunciar esta proposta de reflexão, ainda que possa parecer um pouco estranha ou até mesmo bizarra.
Desde logo, comecei por propor um caminho com a maior delicadeza, mesmo quando lembrava ou evocava os elementos naturais, que sendo do conhecimento objectivo, fazia-o para tomar como apoio na caminhada da reflexão que a obra implicaria. Fi-lo como se estivéssemos a subir uma longa escada e, em cada lance, fosse possível constituir com este saber objectivo uma base temporária para nos sentarmos, descansarmos e ganharmos forças para podermos continuar de novo.
Depois, ao escrever a obra ia meditando ainda com mais força no sentimento da dor humana, em especial, na dor do homem para viver e procurar a felicidade, por ventura, numa recordação de mim mesmo, mas sempre sem esquecer os outros. Uma recordação que será já por ventura distante, mas que em toda a minha vida me perseguiu e inquietou, sobretudo, até ser capaz de me suspender num silêncio de memória, para depois propor na escrita um caminho, que sem deixar de ter em conta a realidade, pudéssemos viver no sentimento da Idealidade com a ajuda da alma e das estrelas para prosseguir nos graus da nossa vida até chegarmos ao caminho da verdade e a uma certeza possível. Até chegarmos à certeza de que somos um ser de substancia divina, um ser com uma estrela, uma alma e um corpo e, que sempre que ambos puderem coexistir em harmonia no mundo hão-de impelir-nos infinitamente para a formação e desenvolvimento da nossa humanidade ao encontro de Deus, da Verdade e da Vida; numa palavra, hão-de impelir-nos para que continuemos ao encontro de uma vida feliz, vivida com mais satisfação, com mais alegria e com mais amor.
Bem hajam e muito obrigado….
Nogueira da Regedoura-Vila da Feira, em 07 de Fevereiro de 2015