Fialho de Almeida, nasceu em Vila de Frades no dia 7 de Maio de 1857 e viveu até 4 de Março de 1911.
Licenciou-se em medicina, mas o seu interesse pela literatura e pelo jornalismo afastou-o do exercício da profissão.
O seu primeiro trabalho literário foi publicado no jornal “Correspondência de Leiria”.
Foi director literário do jornal “O Interesse Público e “Secretário de redacção de “O Repórter”.
Colaborou no jornal satírico “Pontos nos ii”, de Rafael Bordalo Pinheiro, na “Renascença”, “O Contemporâneo”, “A Folha Nova” e “O Ocidente”.
Fundou e dirigiu as revistas “A Crónica” e “A Ilustração”.
Viajou por Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Holanda e Suíça.
Fialho criticou o assassinato do Rei D. Carlos no Terreiro do Paço, em 1 de Fevereiro de 1908, na sequência de uma tentativa falhada de revolução republicana.
Em 5 de Outubro é instaurada a República. A desconfiança revelada pelo escritor, leva-o a ser hostilizado pelo novo regime, apesar de ser um republicano convicto.
Algumas das obras publicadas por Fialho de Almeida: “Contos”, “A Cidade do Vício”, “O País das Uvas”, “Os Decadentes- Romance da Vida”, Contemporânea”, “Pasquinadas”, “Os Gatos”, “O Funâmbulo de Mármore”, “Jornal dum Vagabundo”, “Lisboa Galante”, Madona do Campo Santo”.´
O único texto teatral que escreveu “Trinca-Fortes na Parvónia”, foi publicado postumamente no livro “Actores e Autores”.
Fialho foi um crítico mordaz, sobretudo em relação à pequena burguesia e a alta burguesia financeira dirigente.
Rafael Bordalo Pinheiro pintou o seu retrato que está exposto no Museu Nacional de Arte Contemporânea, no Chiado.
A Câmara Municipal de Cuba deu o nome de Fialho de Almeida a um Centro Cultural e a um Concurso Literário.
Nesta homenagem a Fialho de Almeida no dia do seu aniversário, um excerto do texto “Os Jornalistas”:
“Compreende-se o jornalismo em França ou na Inglaterra, onde quase tudo o que há de instruído, de liberal, de inteligente, nos três quartos da nação, existe ali […]
Da imprensa deriva toda a espécie de incentivo e de energia fecunda e transformável, que depois vai propulsar em todos os distritos gerais da actividade, moral e ciência, indústria e arte, política e religião. […]
Falem-me agora da acção da imprensa em Portugal, nos últimos anos. Quanto aos jornalistas, dêem-me seis que tenham passado a vida a defender os interesses do povo, sem fazer da redacção elevador para uma aposentadoria; dêem-me quatro aonde eu escolha um grande homem de letras, ou simplesmente um grande homem de espírito.”