Arquivos Diários: 07/04/2012

Lançamento na Livraria Barata do livro, “AoSol’ÉqueSeEstáBem…” de Pedro Nunes, o B)’iL, reportagem por Tico Esteves – Artes –

Lançamento na Livraria Barata do livro, “AoSol’ÉqueSeEstáBem…” de Pedro Nunes, o B)’iL, reportagem por Tico Esteves – Artes –

… a gregântica pena da agnóstico’anarquica espiritualidade

Passava pouco das 17 horas quando o escritor Pedro Nunes encetara a apresentação do seu primeiro livro “AoSol’ÉqueSeEstáBem…” na Livraria Barata, em Lisboa. Perante uma vasta audiência o autor fez-se acompanhar pela sua gestora editorial, Sara Coito e o seu elenco de oratória Maria Ceia e Isabel Guimarães. Em cima da mesa, em lugar de grande destaque, encontra-se estendido um cravo vermelho, como que anunciando e evidenciando uma posição de desmedidos valores por parte do autor. Pedro Nunes, assume-se como um homem ideológico e defensor das suas utopias, como descreve no subtítulo do livro: “a gregântica pena da agnóstico’anarquica espiritualidade”. Utopias essas, são estruturadas na sua obra, em forma de argumentos válidos, que o levam acreditar devotamente na sua possibilidade. 
Maria Ceia preludia a leitura da sessão oratória como Alter-ego do autor, o Bólice. Descrevendo-se a si próprio: 
“Sou profundo, pois sou. Eu sou isto e aquilo, aquele e aquel’outro. Mudo com
a lua, sei lá. Não sei ser de outra maneira! Posso ser o que quiser. Sou pedra
de sal, mar d’água. Madeira da árvore e folhas. Os galhos são a minha
família. As raízes nem sei de onde vêm mas também por agora pouco
interessa[..].” Para alem de se assumir como um homem de ideais, este faz-se apresentar ao mesmo tempo de uma postura humilde. Pela voz de Isabel Guimarães, narradora do discurso, diz ser “o humano mais pequenino na terra”, assumindo os seus defeitos e fraquezas, mas não descurando também as suas qualidades. E com a sua sinceridade e frontalidade vai prosseguindo o discurso:
“É dando que se mostra o que se vale. Eu nem estou aqui para vos dar nada,
mas sim, para vos vender um livro. Por isso neste tipo de sistema em que
vivemos valho muito pouco e quem dá o melhor que tem a mais não é
obrigado.”

Sendo esta uma obra a que o escritor caracteriza de “Manifesto em prosa pó’Ética” a oradora Maria Ceia conclui a leitura com um soneto que expressa um dos maiores valores da condição humana, que tanto custou a nós, portugueses… a liberdade.
Direitos reservados… e os esquerdos também…

“Liberdade sim, mas porquê saudade ?
quanto mais gosto de ti, é de mim
que mais sinto nesta minha vontade
de criar cá de dentro esse fim

P’los teus e p’los meus, estou na vanguarda
preparado p›ra saltar esse muro
da vida, espiral manifestada
liberdade, afincado futuro

Não sei crer, mas anseio derradeiro
que este mundo mesmo desordeiro
tem-se na forma de ser sempre certo

Eu me reservo nos direitos, canhoto
nos esquerdos, tenho o mesmo afouto
de ter essa liberdade por perto.”

A finalizar a sessão, na voz do próprio Pedro Nunes, este declara:
“É sobre estes princípios, de que se trata esta minha pequeníssima obra.
Nada dela poderá mudar os malefícios do mundo, mas pelo menos tenta
ajudar a melhorá-lo.

Só quero aqui deixar mais uma ideia… uma verdade minha …
Uma grande verdade … um pensamento contundente …

… o mundo é nosso e ninguém nos deu … nós é que o, usurpamos …”

Ovacionado de pé, o escritor eleva-se da sua cadeira e ata os seus punhos como forma de agradecimento e de força.

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