Que fazer? Que esperar?
Portugal tem atravessado crises igualmente más: – mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não – pelo menos o Estado não tem: – e homens não os há,
ou os raros que há são postos na sombra pela Política. De sorte que esta crise
me parece a pior – e sem cura.
Eça de Queirós
Meu caro Taveira: Nós, aqui do Brasil, já passamos por crises parecidas. Eu, particularemente, fui proprietário de várias empresas. Nos idos de 90, vi minha empresa com mais de 40 funcionários falir e ficar mais de 5 anos trabalhando em outras atividades para pagar as dívidas. Aqui no Brasil, existem muitas oportunidades mas a temos sérios problemas com violência e outros relacionados a educação. O povo lê muito pouco, o índice de leitura é muito baixo – um dos maiores do mundo. Embora educação e cultura sejam dois temas a serem trabalhados, parece que aqui o governo não tem muito interesse nisso, pois há um avanco de governos populistas que querem o povo alienado e, na TV, não acontece diferente. É só baixaria e informações políticas direcionadas. Estamos presos a uma temática ditatorial e a liberdade só acontece com os livros. O problema financeiro no Brasil foi superado em função da capacidade empreendedora do povo. Hoje, eu leciono em Universidades as disciplinas de Empreendorismo e Marketing e posso dizer-lhe que estas duas maneiras de trabalhar, irão tirar a Europa da crise. Tenho vontade de escrever sobre isso mais profundamente, mas tenho outros projetos na frente. Um forte abraço e até a próxima vez. Do amigo Jacques Miranda, 49, escritor brasileiro, morador da cidade de Guarulhos, Estado de São Paulo – Brasil.
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Caro Jacques Miranda. Obrigado pelo seu comentário. Vivemos, de facto, momentos dificeis. Mas, Portugal, foi é um país, historicamente, em crise permanente. Espero, com muito interesse, ler o seu livro sobre as suas soluções para resolver a crise europeia. Julgo, que merece a sua prioridade.
Um abraço
Cumprimentos
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